Dentro da guerra
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Nunca me senti tanto dentro de um filme de guerra como em "Dunkirk", direção de Christopher
Nolan. O diretor consegue nos colocar lá dentro da ação, seja em terra, mar e ar. E por mais que
saibamos o final da história, o suspense está sempre presente, nos fazendo se contorcer na
poltrona. Filmaço.
A história de "Dunkirk" mostra, sob três óticas, os eventos registrados na cidade litorânea francesa, onde entre 25 de maio e 4 de junho de 1940, 400 mil soldados ingleses e franceses ficaram encurralados por tropas alemãs, que então estavam no auge da sua Blitzkrieg, ou "Guerra Relâmpago". Os nazistas já haviam subjugado a Holanda e a Bélgica e logo estariam tomando conta da sua inimiga mortal, a França.
Os soldados, mal equipados, famintos, se refugiaram em Dunkirk com a esperança de escaparem
para a Inglaterra. Mas faltavam embarcações e eles ainda sofriam com intensos bombardeios da
Luftwaffe, a força aérea alemã. Então, os britânicos montaram um incrível esquema de resgate,
utilizando centenas de pequenos barcos pesqueiros ou de lazer - pilotados pelos próprios pescadores
ou civis. A ideia de Churchill era o de salvar, pelo menos, 30 mil soldados na batizada Operação
Dínamo. E como se sabe, conseguiram dez vezes mais. O resto virou prisioneiro de guerra.
"Dunkirk" é mostrado pela ótica de um jovem soldado que tenta de todas as formas, embarcar num
dos barcos, para voltar à casa. Tem também o piloto de um caça e um pai e filho, que deixam o
conforto de sua casa em Dover, para atravessar o Canal da Mancha e salvar um punhado de
soldados.
As cenas são fortes, tensas. E tudo ainda ganha o reforço de uma excepcional trilha sonora, de
Hans Zimmer, que pontua cada minuto da ação, deixando os nossos nervos à flor da pele. Filmaço.