Quando Denzel Washington apresentou seu novo filme "O Protetor" ("Equalizer"), em coletiva de imprensa na recente edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, era difícil vermos ali o semblante impassível com mescla de tranquilidade e frieza do personagem da trama, Robert. Ao falar de "O Protetor", ao lado do diretor Antoine Fuqua (o mesmo que trabalhou com ele em "Dia de Treinamento") e de parte do elenco, Denzel esbanjou simpatia e inteligência para falar da trama da produção e de seu personagem, mescla de super herói com a ausência de expressão de um Charles Bronson na série "Desejo de Matar" . Explicou, inclusive, os motivos que o levaram a convidar o diretor para botar na tela o roteiro que chegou em suas mãos. O Robert de Denzel é, aparentemente um cara comum, que convive de forma amistosa com seus colegas de trabalho, na empresa de materiais de construção. Mas, ao deparar-se com injustiças praticadas contra os fracos e oprimidos (o latino gordo, a prostituta Teri com cara de garotinha, etc...) ele se mostra outro homem. É então que surge o vingador que está escondido dentro dele. Vale ficar atento para as reflexões do personagem, que planeja os golpes de forma milimétrica, e só aí os executa com precisão, lembrando o Sherlock Holmes de Robert Downey Jr. . O filme é b
aseado na série de televisão "The Equalizer" dos anos 1980, e revive aquele Robert McCall de então, homem homem misterioso que costumava trabalhar como oficial da polícia. Na trama atual, a força de efeitos e de tensão dramática ganha intensidade quando Robert descobre que Teri (Chloë Grace Moretz) é explorada sexualmente por mafiosos russos, os vilões da vez. A partir daí, perseguição, lutas e tensão, até o final da trama. Para os fãs de Denzel e para os amantes de tramas do estilo, um prato cheio. Marcos Santuario