E aí, Pitty?

E aí, Pitty?

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O americano Jimmy Hendrix morreu aos 27 anos, a idade-tabu para os ídolos roqueiros, vide Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain, Brian Jones e vá lá, Amy Winehouse. E passados 40 anos de sua morte, ele é até hoje considerado o maior guitarrista de todos os tempos. Mais do que Eric Clapton, Jeff Beck, Keith Richards, B.B. King e por aí vai.
No documentário brazuza E aí Hendrix, os cineastas Pedro Paulo Carneiro e Roberto Lamounier relembram o período em que o guitarrista despontou para o mundo. E isso ocorreu quando ele saiu dos Estados Unidos e foi para o outro lado do oceano, na efervescente Londres de 1966. O filme é feito por fãs entusiastas, que introduziram imagens inéditas de shows nas enfumaçadas e lotadas casas roqueiras londrinas. Tem até o famoso show em que Hendrix tocou, apenas uma semana após chegar às lojas a lisérgica Sgt. Pepper"s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Não esqueça que a música era de difícil execução ao vivo - tanto que os Fabulous Four nunca a executaram ao vivo, mesmo porque quando do lançamento do disco, eles já não faziam mais shows. E eram os anos 1960, ou seja, as músicas não vazavam na mídia como hoje.
O documentário ainda conta com depoimentos de Robertinho do Recife, Pepeu Gomes e Frejat, que tornaram-se guitarristas por causa de Hendrix e mostram conhecer a fundo a vida do criador de Hey Joe e Are You Experienced? Carneiro e Lamounier também encontraram amigos de Hendrix, que com ele dividiram as mulheres, drogas e muita festa. O que derruba "E aí Hendrix"
é a presença alienígena da baiana Pitty. Ela é colocada como repórter e cicerone, mostrando total desconhecimento do que, por diabos, quem foi Hendrix e o que ela faz ali...
Por Chico Izidro

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