Estético mas previsível

Estético mas previsível

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A Colina EscarlateO filme "A Colina Escarlate" chegou aos cinemas com várias credenciais que pareciam promissoras: o diretor Guillermo del Toro é reconhecido como um realizador do gênero de terror e suspense que preza pelo refinamento estético em seus trabalhos; o elenco conta com atores jovens e carismáticos e a trama acenava como horripilante. Mas, apesar de arroubos criativos dignos de nota, o longa-metragem não chega, propriamente, a assustar.

Tom Hiddleston (o Lóki do filme "Thor" e um dos queridinhos do momento) é um nobre britânico que chega a Nova Iorque e se encanta pela escritora Edith (Mia Wasikowska), filha solteira do um rico construtor. Apesar da contrariedade do pai, entre outros percalços, a moça se casa com o inglês. Ao chegar na sua mansão na Inglaterra, encontra um lugar macabro e tem de conviver com a fria cunhada (Jessica Chastain). Fantasmas povoam a casa, que abriga muitos segredos.

Visualmente, a produção é magnífica. A ideia de ter uma mansão em uma colina com solo de argila vermelha também é original e escancara a dubiedade de um solo que parece verter sangue. Mas o roteiro deixa a desejar. Desde o início da narrativa, quando um fantasma, apesar de sua aparência horrenda, alerta a protagonista sobre os riscos de um lugar chamado "Colina Escarlate", o espectador não vê mais esses seres sobrenaturais como danosos para Edith e sim como aliados. Desta forma, a sensação de medo, esperada para um filme de terror, se esvai. As dicas colocadas ao longo do roteiro entregam facilmente que os vivos são mais perigosos do que os mortos neste drama.

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