Filmão mutante
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Um dos melhores filmes de super-heróis dos últimos tempos, e que mostra um deles decadente, com a
história se passando em 2029. "Logan", dirigido por James Mangold, é uma mistura de western e road
movie futurista. Wolverine (Hugh Jackman) ou Logam o seu nome civil, trabalha como motorista de
limusine na cidade de El Paso, na fronteira dos Estados Unidos com o México. Além disso, ele tem de
cuidar do professor Xavier (Patrick Stewart), que apresenta sinais de demência. E ainda por cima, os
mutantes foram exterminados e há mais de 20 anos não surge mais nenhum na face da Terra.
É quando aparece em sua vida a menina Laura Kinney/X-23 (Dafne Keen), que parece ser muda e hostil.
A garota está sendo perseguida por mercenários sob o comando de Donald Pierce (Boyd Holbrook, do
seriado "Narcos"). Então Logan descobre que Laura tem poderes similares aos seus, garras que saem do
corpo e esqueleto de adamantium - ela foi criada através de DNA de Wolverine, que passa a tentar
salvar a menina.
Só que Wolverine está cansado de tudo, depois de mais de 180 anos de existência. Bebe sem parar, seu
corpo já não se mostra mais resistente a ferimentos - as balas que recebe não são mais expelidos
facilmente. Enfim, é um ser muito vulnerável. "Logan" é um filme que não poupa violência, com muitos
corpos despedaçados, explodidos. E nenhum personagem está a salvo de uma morte cruel.
Patrick Stewart representa muito bem uma pessoa que sofre de uma doença generativa, com lampejos
de lucidez. A boa surpresa é a garotinha Dafne Keen, no papel da pequena Laura, que fala-se, será a
sucessora de Wolverine nos próximos filmes da franquia, já que este deve ser o último filme de Hugh
Jackman no papel do herói mau-humorado e alcoólatra - o ator tem uma interpretação esplendorosa,
com muita força e vigor. Um filmão.