Guerra contra pandemia

Guerra contra pandemia

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A história não é nova e já foi bastante explorada no cinema: o mundo é assolado por um novo vírus, que torna as pessoas zumbis de uma hora para outra. O diferencial do apocalíptico “Guerra Mundial Z”, filme de Marc Forster (diretor de “007 - Quantum of Solace”) que estreia nesta sexta em todo o Brasil, é a narrativa bem conduzida e nos efeitos especiais para mostrar um ataque em proporções globais à humanidade.

O protagonista é Gerry Lane, um ex-funcionário (Brad Pitt) da ONU, que, ao despertar dos acontecimentos, procura fazer o que qualquer pai faria: proteger suas filhas e sua mulher (Mireille Enos). Em meio ao caos, ele é chamado a ajudar o que restou do exército e integrar uma força-tarefa para tentar destruir este inimigo, do qual ainda se sabe pouco. Ao que tudo indica, trata-se de uma pandemia.

As pessoas contaminadas se tornam legiões de zumbis ágeis (ao contrário de outros exemplares do gênero, lentos e apatetados), atacando com ferocidade os ainda não infectados. E quando atuam em grupo parecem um bando de formigas subindo umas sobre as outras para atingir seus objetivos, como ultrapassar muros. Baseado no livro homônimo escrito por Max Brooks, este filme acerta, portanto, no roteiro e na execução, incluindo a escolha do elenco (sendo que Brad Pitt, além de cativar a simpatia da plateia, também é um dos produtores). A trama alterna momentos de intenso suspense com cenas em que o humor dá a chance ao espectador de relaxar um pouco na cadeira (como na cena em que o personagem de Brad Pitt se permite tomar um refrigerante após uma enervante sequência de fuga).

As locações contaram com filmagens em Glasgow, na Escócia, que serviram como uma cidade da Filadélfia. A Ilha de Malta, no mar Mediterrâneo, foi usada para parecer Israel, onde o protagonista vai procurar um agente do Mossad vivido pelo cineasta israelense Ludi Boeken. E a música de Marco Beltrami ajuda, com louvor, a criar a atmosfera de tensão que perpassa o longa-metragem.

Por Adriana Androvandi.


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