Herois controlados

Herois controlados

publicidade


homem-aranha-em-guerra-civilPrato cheio para os fãs da cultuada série de HQ nas quais o filme é baseado, "Capitão América - Guerra Civil"Antes, de Joel e Anthony Russo é diversão que extrapola a lógica conhecida. Com um distanciamento bem pensado dos quadrinhos que lhe deram origem, o filme é daqueles que segue sendo fiel a um tal "espírito do texto original".

No filme, mais iluminado, com possibilidade de olhar mais e melhor para a fotografia do trabalho, o cômico e a seriedade se alternam na tela. Criam-se situações que relaxam e outras que tensionam. O tom sério se desenvolve em um universo político, que vai do Brooklin até a ONU, passando por Berlin e pela Sibéria. Quem lembra dos episódios anteriores da saga dos Vingadores, os danos materiais e humanos sempre ficaram para trás. Agora, os heróis se deparam com uma tentativa de controle do Estado sobre suas ações.

O Capitão América, Steve Rogers (vivido por Chris Evans) não é nada favorável, e tampouco está tranquilo (aliás, o primeiro riso forte da plateia brasileira deve ser a alusão, na tradução da fala de um dos personagens, ao funk do momento). Do outro lado está a dureza de Tony Stark (o Homem de Ferro, encarnado por Robert Downey Jr.). Para ele, pode ser uma boa saída para os heróis. A partir desta dicotomia de opiniões os personagens se dividem. Mas até isso acontecer já se passaram bons minutos de ação, perseguições, poderes especiais e surpresas, protagonizados por um elenco de estrelas, corpos e rostos.

Ações locais que tem repercussões globais. Esta é a questão a que estão fadados os herois desta edição da trama. Mas, como toda boa história em quadrinhos tem um vilão, aqui ele teria que surgir, mesmo que os confrontos, em sua maioria acabem acontecendo entre os próprios super heróis. Neste caso se desenterra Zemo (protagonizado na medida do cinismo, do sarcasmo e do escárnio, por Daniel Bruhl). Ele conduz uma trama paralela aos momentos de confronto dos Vingadores, e nos leva ao ápice da trama.

Há referências ao filme anterior, "Capitão América 2 - O Soldado Invernal", mas se compõe como obra compreensível isolada em seu contexto fílmico. Claro que, ao buscar as outras produções, o quadro que se apresenta é muito mais intenso.

Tem ainda as aparições de Chadwick Boseman, como o Pantera Negra e Tom Holland, como uma versão mais juvenil (e que provoca muito riso) do Homem Aranha. Aliás, os dois personagens terão filmes individuais nos próximos anos. Ainda está presente Visão, que traz sua composição sobre humana e extraterrestre, tendo o talento de Paul Bettany surgindo no meio de suas poucas expressões. E não poderia faltar a linda Scarlett Johansson incorporando a Viúva Negra. Pronto. Diversão e relaxamento, regado a tecnologia e algo de reflexão sociológica e política. Prepare a pipoca. E muita. Pois vem aí "Vingadores 3" e "Vingadores 4 ".

 
[embedhttps://www.youtube.com/watch?v=3p1d_6_ocEE[/embed

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895