Imaginação e vida
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O filme de Del Toro vem ambientado na década de 60, tendo como pano de fundo os grandes conflitos políticos e bélicos e as grandes transformações sociais ocorridas nos Estados Unidos, No centro da trama está a jovem Elisa, zeladora muda, em um laboratório experimental secreto do governo. Com vida pacata, a jovem, vivida com intensidade pela atriz Sally Hawkins (que disputa o Oscar de Melhor Atriz este ano), descobre uma criatura fantástica mantida presa no local em que ela trabalha. Elisa cria um laço afetivo com a criatura e, para elaborar um arriscado plano de fuga, reúne seu vizinho, Giles (Richard Jenkins) e uma colega de trabalho Zelda (Octavia Spencer). O vilão da vez é vivido por Michael Shannon, quem tenta frear os desejos de fuga com a criatura.
Elisa traz um universo de “princesa que não é da Disney”, como frizou Del Toro em Toronto, Ela conduz a trama, como mulher comum, que cozinha ovos e limpa sapatos, até encontrar o amor, pelo diferente, pelo estranho e, ainda assim, intenso. Um filme que proporciona momentos de reflexão sobre vida, encontros, desencontros, diferenças, sonhos, realidade e amizades. Ou seja, um prato cheio para um aprofundamento na observação do "eu" e dos "outros".