Insana e contida

Insana e contida

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"O Grande Hotel Budapeste", direção de Wes Anderson, é daquelas comédias insanas, cujo riso não sai histérico, mas contido. A trama é narrada por um escritor vivido em momentos distintos por Jude Law e Tom Wilkinson. No final dos anos 1960, o escritor hospeda-se num hotel decadente no fictício
país Zubrowka, uma república nos Alpes europeus. Lá ele encontra um solitário homem, Mr. Moustafa (F. Murray Abraham), que revela-se o dono do
local. E que conta para o escritor como foi parar lá, no final dos anos 1920, vindo do Oriente Médio.
Moustafa começou trabalhando no hotel como mensageiro, ajudando o gerente M. Gustave (Ralph Fiennes), que se torna seu mentor. E ele era um  mulherengo, com atração por mulheres mais velhas e ricas. M. Gustave acaba herdando uma valiosa obra de arte deixada por uma viúva. mas acaba sendo
acusado pela família dela de ter cometido o assassinato. Então a história transcorre com M. Gustave e o mensageiro Zero (Tony Revolori) tentando
provar a inocência do primeiro. No fundo da trama, uma guerra se avizinha e o exército invasor é uma paródia dos nazistas, inclusive com os
uniformes negros e o logo da suástica estilizado. As piadas em "O Grande Hotel Budapeste" são sutis, e as interpretações, propositais, beiram o caricatural. Zero, que viria a ser o dono do hotel décadas depois, mostra-se um verdadeiro pateta, com sua cara perdida e um bigodinho pintado acima dos lábios. Ralph Fiennes está ótimo em sua caracterização de um homem mulherengo, mas covarde ao extremo, assim como Jopling (Willem Dafoe), o capanga do herdeiro e terrível Dmitri (Adrien Brody).

Chico Izidro

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