Lampejos de graça

Lampejos de graça

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O nome do filme recorre ao oscarizado "A Excêntrica Família de Antônia", em 1995. Falta de imaginação dos distribuidores ao batizar "A Excêntrica Família de Gaspard" ("Gaspard va au Mariage"), longa francês com direção de Antony Cordier. Mas se formos pensar em títulos repetidos pelo Brasil...a lista é longuíssima. Bem que no caso, a família de Gaspard é mesmo fora do eixo.

Na trama, Gaspard (Félix Moati) mora longe da família, que possui um zoológico. O seu pai, Max (Johan Heldenbergh) vai se casar novamente, e o jovem precisa voltar para casa, a fim de acompanhar a cerimônia. Junto com o pai, moram ainda o Virgil (Guillaume Gouix) e a irmã Coline (Christa Théret), que está sempre usando uma fantasia feita de pele de urso, fedorenta.

Ela é sim, a personagem excêntrica da família, e que tem uma relação meio incestuosa com Gaspard. Só que ele não apareceu sozinho. Durante a viagem para casa, conheceu a jovem Laura (Laetitia Dosch), e ofereceu dinheiro para que ela fingisse ser sua namorada.

Ninguém parece agir com normalidade. O pai, apesar de estar noivo, é um mulherengo costumaz. Já Virgil namora uma tatuadora vegetariana, que não aceita muito bem o fato de ele ser dono de um zoológico. E a estranha Laura suspeita que Gaspard seja gay, por isso a contratou, para poder enganar a família.

"A Excêntrica Família de Gaspard", enfim, tem lampejos de graça, mas no final não consegue se definir se é um drama, se é uma comédia. Talvez o humor seja muito específico, incomum. Diferente.

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