Limites da inteligência artificial

Limites da inteligência artificial

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O ator Johnny Depp está à frente de um grande elenco no filme “Transcendence – A Revolução”, que marca a estreia na direção de Wally Pfister, reconhecido como Diretor de Fotografia (venceu o Oscar na categoria por “A Origem”, de Christopher Nolan). Pfister é parceiro de trabalho de longa data de Nolan desde desde “Amnésia”, de 2000. Agora em “Transcendence”, Nolan foi uma espécie de padrinho, assinando a produção executiva.

Nesta ficção científica, Depp interpreta um cientista que pesquisa as possibilidades da inteligência artificial. Ele está a um passo de transformar um supercomputador, denominado PINN, na primeira máquina “consciente”. Devido à ação de um grupo extremista que se opõe ao uso desenfreado da tecnologia, a vida do pesquisador é ameaçada. Desta forma, sua esposa (Rebecca Hall) aceita transferir os dados da mente do marido para o supercomputador, como forma de proteger seu legado. Mas a máquina passa a “pensar” e tomar decisões de forma autônoma, tendo ainda acesso a todo o conhecimento humano disponibilizado na Internet. Isso acabará colocando agentes do governo em alerta, porque o poder de PINN ultrapassa toda e qualquer expectativa. A mensagem de que a lógica sem a emoção pode ser perigosa é válida, mas a trama não empolga. Apesar do bom elenco, que inclui ainda Paul Bettany e Morgan Freeman, e de trazer à tona o tema dos limites da inteligência artificial, o filme peca na execução. Com a premissa boa e o tema complexo, a abordagem começa bem, mas se esboroa no final.

Por Adriana Androvandi.

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