Melhorou um pouco

Melhorou um pouco

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"Tomb Raider: A Origem", direção do norueguês Roar Uthaug, do filme de desastre "A Onda" (2015), traz de volta à telona a heroína dos vídeo-games Lara Croft, quase duas décadas depois da primeira presença dela no cinema, com a então musa Angelina Jolie. A primeira adaptação era bem ruinzinha e agora com Alicia Vikander (Oscarizada por A Garota Dinamarquesa) melhorou um pouco, mas não traz nada de novidade, aliás, é um apanhado de filmes de aventuras, descaradamente imitando "Indiana Jones e o Templo da Perdição".
Em "A Origem", Lara Croft não tem nada de arqueóloga. Pelo contrário, é uma malandra que vive de pequenos bicos em Londres, já que se nega a viver da herança deixada pelo pai, Richard (Dominic West). Há alguns anos, ele deixou tudo para trás, inclusive a filha, para seguir a pista do túmulo de uma rainha japonesa, Himiko - que pode trazer a destruíção para o mundo se vier à tona.
Mas Lara acaba encontrando documentos de Richard e decide continuar a sua obra, indo parar no litoral japonês, acompanhada do marinheiro Lu Ren (Daniel Wu), e aí um dos inúmeros furos do filme - os dois são estranhos e de um momento para o outro, intímos ao extremo - "não posso deixar Lara para trás", repete Lu Ren frequentemente.
O vilão não poderia ser mais caricato, Mathias Vogel, vivido por Walton Goggis (de "Os Oito Odiados"), que trabalha para a organização a Ordem da Trindade, organização que vasculha o planeta atrás de artefatos, objetos e locais sobrenaturais.
Além da trilha sonora irritante, o diretor abusa daquela câmera tremida e cenas copiadas diretamente dos filmes de Indiana Jones - faltou para Lara Cross somente o chapéu e o chicote. Mesmo assim, saindo dos vídeogames, que nunca joguei na vida e nem pretendo começar agora, dá de cem a zero em "Assassin’s Creed" e similares.

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