Memória viva

Memória viva

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Chega aos cinemas o longa metragem brasileiro “Quase Memória”, baseado no best-seller do jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, e dirigido pelo talentoso Ruy Guerra. Depois de percorrer um circuito de festivais no Brasil e no exterior, o filme de Guerra chega ao país para mostrar os fatos inspirados nas histórias vividas pelo pai de Cony, um homem que acreditava em tudo o que fazia e convencia todos a sua volta que era tudo verdade. Na tela, o jovem Carlos (vivido com vigor pelo ator Charles Fricks) recebe um pacote. A trama tem momentos de envolvimento, com diversas camadas de interpretação, se valendo da memória como recurso de busca das verdades interiores.

Ressalta-se o fato de tratar com o que parece ser uma situação comum na vida de um jornalista – receber uma encomenda – e que começa soando estranho para o jovem. O nó que amarra o embrulho, o cheiro, a letra do envelope: tudo remete ao pai de Carlos, Ernesto (o talentoso João Miguel), morto há anos. Enquanto decide se abre ou não a remessa, Carlos reconstrói suas memórias ao lado do pai enquanto conversa com ele mesmo no futuro, o Carlos mais velho, interpretado por Tony Ramos, esbanjando vigor na tela.

Também estão no elenco, Mariana Ximenes, Flávio Bauraqui e Antonio Pedro, no roteiro que tem ainda as mãos de Ruy Guerra, Bruno Laet e Diogo Oliveira, que acabam entrando por um universo que por vezes flerta com a comédia. Sem cair em extremos,  "Quase Memória" se torna retrato para reflexão e empatia com um universo reconhecível, traduzido por Guerra em cenas intensas e bem construídas.

 

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