"MEU FILHO É UM CRAQUE" (Fourmi)
Filme sobre futebol traz garoto de 12 anos mentindo para ajudar a recuperar o pai
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O filme é de 2019, mas só agora estreia no Brasil. "MEU FILHO É UM CRAQUE" (Fourmi), direção de Julien Rappeneau, tem o futebol como trama central. Mas também mostra como os pais podem atrapalhar os filhos no desempenho em campo, mais ou menos como o fanatismo e o exagero das famosas mães de miss. Que por quererem tanto que os seus rebentos sejam melhores do que os outros, acabam prejudicando os filhos.
O filme tem como protagonista o pequeno Theo (Maleaume Paquin), um garoto de 12 anos que é o craque num time amador do interior na França. Ele é tão bom, que todos acreditam que, um dia, poderá ser um profissional. O problema é que seu pai, Laurent (François Damiens), que entrou numa espiral de autodestruição depois do divórcio, passa os dias dormindo ou bebendo, e quando aparece nas partidas do garoto, atrapalha. Pois berra com os adversários, invade o campo para brigar com o juiz.
Até que um dia, Theo é observado por um olheiro do Arsenal, de Londres, sob os olhares de Laurent e do técnico do time. Mas Theo não é aprovado, por ser baixinho demais. Só que para não decepcionar o pai e tentar tirá-lo da depressão, inocentemente, inventa uma mentira, dizendo ter sido escolhido. Orgulhoso do filho, Laurent se empolga, e começa a ajudar o garoto para essa oportunidade única na vida. Theo começa a viver uma mentira, sabendo que, em algum momento, a verdade virá à tona.
O filme tem como ponto de partida uma história em quadrinhos espanhola, de de Mario Torrecillas e Arthur Laperla. “É uma história que me tocou fundo no coração, eu não tinha intenção de adaptar novamente uma obra-literária, mas quando a li, logo escrevi para os autores pedindo os direitos cinematográficos”, disse o diretor Julien Rappeneau.
O cineasta ressalta que, para ele, a questão central do filme é se uma mentira pode salvar a vida de um homem. “Por muito tempo fazer um sob a ótima de uma criança. (não entendi essa frase) Este é um período fundamental da vida, tantas coisas estão amarradas nesta idade, as emoções são tão fortes lá... Mas o que realmente me levou a querer fazer esse filme é a relação de um filho com o pai dele”, concluiu.