Muito barulho por quase nada
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A trama começa acompanhando a veterana cientista Dra. Margaret Matheson (interpretada Sigourney Weaver, com cara de durona) e seu assistente Cillian Murphy (perfeito para esses papéis pelos seus esbugalhados olhos azuis) em uma investigação. Eles são chamados para elucidar os mais diferentes casos, como casas com barulhos misteriosos e até profissionais que se dizem curandeiros, mas podem se tratar de charlatões. A cientista é cética em relação aos poderes paranormais, acreditando que tudo pode ser explicado pela ciência, e seu assistente parece concordar com isso.
Um novo alvo se coloca na frente da dupla quando um lendário vidente cego há muito tempo sumido do grande público, Simon Silver (Robert De Niro), retorna à mídia. Os dois cientistas resolvem investigar os métodos desse homem. Mas o caso passa a obcecá-los quando eventos sem explicação acontecem.
O filme traz um bom elenco e aposta em uma reviravolta final. Alguns sustos ocorrem durante a narrativa, mas não a ponto de aproximar a produção do terror. A dúvida gira em torno do tipo de forças que os dois cientistas estão por se defrontar. Por fim, a história sugere que se seja verdadeiro consigo mesmo, seja qual o dom que cada um tem. Se um ponto é questionado é o caso dos crédulos, os que creem ingenuamente. Apesar da aposta metafísica dirigida por Rodrigo Cortés (de "Enterrado Vivo"), o filme não passa de um suspense razoável.
Por Adriana Androvandi