Musical com Grande Elenco

O filme "Os Miseráveis", dirigido por Tom Hooper, é uma adaptação do espetáculo teatral

homônimo, por sua vez baseado no livro do escritor francês Victor Hugo. Este drama é um

musical desde a primeira até a última cena. E isso pode ser uma virtude ou um problema,

dependendo do gosto do espectador.
Outras adaptações da mesma história já foram feitas para o cinema, mas esta ganha com

as possibilidades técnicas atuais para reconstruir a Paris do século XIX e traz um elenco de

primeira. A produção é belíssima, com destaque para a Direção de Arte (que inclui os

cenários e a iluminação).
As atuações também estão ótimas, com Hugh Jackman como o protagonista, Jean Valjean,

um homem que foi preso por ter roubado um pão e ganha a chance de refazer sua vida

com a ajuda de um padre. Por este papel, Jackman ganhou o prêmio de Melhor Ator no

Globo Ouro na categoria "Comédia ou Musical" e está indicado ao Oscar de Melhor Ator.
Já Anne Hathaway, como a injustiçada Fantine, é a favorita ao Oscar de Atriz Coadjuvante.
Russel Crowe convence como o implacável policial Javert, que fica no encalço de Valjean

por praticamente toda vida. Mais magro do que em aparições anteriores e encarnando um

personagem tenaz, o único senão de Crowe é que cantar não é, digamos, o seu forte.
De qualquer maneira, "Os Miseráveis" emociona porque é uma história que fala de

recomeços, de perdão e de justiça. E trata de um tema que não sai de moda: o amor como

forma de curar as feridas da alma.

Por Adriana  Androvandi.