Na tela e na Vida
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Uma cena resume bem o destino de muitos casais. Amélie (Judith Godrèche) chega em casa, e encontra o namorado Ludovic (Louis-Do de Lencquesaing), amuado, atirado no sofá. Ela tenta de tudo pata agradá-lo: "Vamos sair para jantar?"
"Não", ouve como resposta. Ela sugere um cafuné, massagem, um sanduíche. Nada anima o cara, que garante só ficar quieto em seu canto. Ela tenta uma última cartada e corre para o quarto, onde se despe e chama ele, que vai contrariado. Ao vê-la na cama, ele continua mostrando-se insatisfeito, e o telefone toca. Um amigo o convida para um choppinho. Ludovic sai correndo para encontrar o parceiro. "Ele precisa ser confortado".
O que vemos na tela também costumamos ver na vida real. Porém o modo como é contado, a falta de carisma de alguns personagens, apesar de bons diálogos, acabam por estragar o que nas mãos de alguém mais habilidoso, seria reflexivo e espetacular.
Por Chico Izidro