Na terra de ninguém

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"1917" retrata uma missão durante a I Guerra Mundial

Chico Izidro

Dois jovens soldados britânicos são designados para atravessar o campo inimigo alemão

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Para começar, vale destacar que "1917", dirigido por Sam Mendes, é uma obra que tem de ser vista obrigatoriamente no telão de um cinema. O filme é grandioso, com imagens magnifícas e com duas horas de duração, filmado em dois planos sequências, retratando a Primeira Guerra Mundial, que para as pessoas que viveram àquela época, "a Grande Guerra", pois nunca imaginariam que duas décadas depois, viria outra mais mortal e destruidora.

A história transcorre em pouco menos de 24 horas e é baseada em uma história contada a Mendes por seu avô paterno, Alfred Mendes, que combateu no conflito do começo do século passado. Nela, dois jovens soldados britânicos, Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles Chapman) são designados para atravessar o campo inimigo alemão nas trincheiras francesas.

Eles devem transmitir uma mensagem a um comandante de divisão do outro lado das trincheiras, que está com suas tropas prontas para um ataque aos germânicos. Mas se o fizerem cairão em uma armadilha.

Assim, os dois soldados iniciam uma jornada pelos campos dizimados na França ocupada. Pelo caminho, muitas armadilhas, buracos, ratazanas, cadáveres insepultos. E em todo o tempo, a câmera segue os personagens, incessantemente, em um grande plano sequência, que também joga o espectador para dentro das trincheiras.

O segundo plano sequência é registrado no final do dia, jogando um dos personagens nas trevas de prédios abandonados e destruídos. A tensão é enorme, e os atores conseguem transmitir o pavor que é estar dentro de uma guerra, com seus olhares e gestos apavorados e nervosos. O filme do ano.

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