Novos e velhos vícios

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Um dos filmes mais chocantes que marcaram a geração dos anos 1990 foi “Trainspotting” (Reino Unido, 1996), dirigido por Danny Boyle, mostrando a realidade de uma geração clubber que abusava das drogas e praticava delitos para sustentar o vício, através de uma estética fragmentada e delirante. A história, inspirada no livro escrito por Irvine Welsh, se passava em uma cidade escocesa. Vinte anos depois, o diretor Danny Boyle resgata os mesmos personagens em “Trainspotting 2”.


A trama, agora, começa quando um dos personagens do quarteto original, Mark Renton (Ewan McGregor), volta para a cidade onde cresceu. Alguns amigos ainda estão por lá: Spud (Ewen Bremmer), Sick Boy (Jonny Lee Miller) e Franco Begbie (Robert Carlyle). Outros, como mostrou o primeiro filme, morreram de overdose, como Tommy (Kevin McKidd). E este foi um aspecto que impressionou no original: mostrar a degradação a que uma pessoa pode chegar quando se torna dependente.


O drama revisita essa geração. Após passarem por momentos dramáticos, esses personagens tiveram de escolher entre a vida e a morte. Mas como sobreviveram? Esta é a resposta que a narrativa dá. Contudo, a reunião do quarteto pode se tornar novamente explosiva. Sem o mesmo impacto do original, este drama retrata o vazio existencial com certo humor negro. Alternando cenas do primeiro filme com o atual, é de se ressaltar a montagem e o uso de efeitos que, se não acrescentam tanto à história, mostram uma sofisticação estética do cineasta.



A trilha sonora é um dos elementos-chave deste longa e resgata o hit eletrônico “Born Slippy”, do grupo britânico Underworld, que fez sucesso no primeiro filme. Esta sequência conta ainda com músicas de Iggy Pop, Queen, Young Fathers, Blondie e The Clash.

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