Num dia ministros, em outro presos políticos
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Depois do atentado às Torres Gêmeas em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, muitos esquecem que a data de 11 de setembro relembra outro fato lamentável: o golpe militar no Chile em 1973, com a derrubada do presidente Salvador Allende.
O filme "Dawson Ilha 10", de Miguel Littin, acompanha um grupo de ministros e embaixadores do governo Allende que são levados para uma ilha gelada ao Sul do Chile, onde ficam em um campo de concentração. Uma das questões impactantes do filme é justamente essa: ilustres senhores, graduados e líderes, passam a ser tratados, de um dia para o outro, como criminosos.
Benjamín Vincuña interpreta Sergio Bitar, ex-ministro de Defesa que escreveu o livro "Isla 10", no qual o filme foi baseado. O título se refere ao fato de que, ao chegarem na ilha, os prisioneiros passam a não serem chamados pelo nome, mas por um número. Este longa-metragem apresenta, portanto, a realidade sofrida por vítimas de uma das mais violentas ditaduras da América do Sul. Levanta, ainda que superficialmente, a questão de a esquerda chilena ter se dividido ao invés de apoiar Allende, o que é representado em determinada cena. Além do valor histórico do filme, também é interessante observar como aqueles homens criaram esquemas para burlar o tédio e a insanidade. Uma narrativa que se revela uma aula de história e de humanidade.
O filme "Dawson Ilha 10", de Miguel Littin, acompanha um grupo de ministros e embaixadores do governo Allende que são levados para uma ilha gelada ao Sul do Chile, onde ficam em um campo de concentração. Uma das questões impactantes do filme é justamente essa: ilustres senhores, graduados e líderes, passam a ser tratados, de um dia para o outro, como criminosos.
Benjamín Vincuña interpreta Sergio Bitar, ex-ministro de Defesa que escreveu o livro "Isla 10", no qual o filme foi baseado. O título se refere ao fato de que, ao chegarem na ilha, os prisioneiros passam a não serem chamados pelo nome, mas por um número. Este longa-metragem apresenta, portanto, a realidade sofrida por vítimas de uma das mais violentas ditaduras da América do Sul. Levanta, ainda que superficialmente, a questão de a esquerda chilena ter se dividido ao invés de apoiar Allende, o que é representado em determinada cena. Além do valor histórico do filme, também é interessante observar como aqueles homens criaram esquemas para burlar o tédio e a insanidade. Uma narrativa que se revela uma aula de história e de humanidade.
Por Adriana Androvandi