Pela liberdade

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Quando a jovem que vive em Nova Iorque retorna para sua cidade natal ao ser informada da morte do pai, é como um retorno ao passado. Assim nos propõe uma viagem dramática o diretor Sebastián Lelio, em "Desobdiência". Na trama ele é responsável também pelo roteiro em parceria com Rebecca Lenkiewicz, nesta adaptação do romance de Naomi Alderman.

As duas principais protagonistas são vividas pelas atrizes Rachel Weisz (Oz: Mágico e Poderoso) e Rachel McAdams (Doutor Estranho). Lá, na comunidade judaica em que nasceu, a personagem de Rachel Weisz reencontra os fantasmas do passado. Os amigos de infância, a família e as expectativas de vida voltam e lhe mostram tudo o que deixou para trás. No drama, a polêmica se instala na comunidade ortodoxa judaica em que nasceu, agora abalada com a morte de seu pai rabino.


A temática do retorno ao lar, ao passado e a tudo o que o personagem deixou pra trás não é nova. Mas, aqui, Lelio cria diferentes centros de tensão, e os explora com talento e profundidade. Desde a relação rompida da jovem com o pai rabino, até a relação amorosa desta mesma jovem com a amiga de infância que, atualmente, está casada com o amigo em comum das duas, os dramas surgem como camadas narrativas, até o ápice dos fatos.


Cultura, ortodoxia, desejos, família, projetos, futuro, passado e presente. Tudo jogado em um cenário humano e que tem a liberdade como pano de fundo e desejo de encontro.

Denso sem ser pesado e fluído sem ser leviano. Vale a imersão.




 


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