Pipoca e aventura
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Não vá esperar muito de "A Múmia" (The Mummy), dirigido por Alex Kurtzman. Mas o filme não foi
feito para se pensar e sim curtir. Puro cinema pipoca, com todos os ingredientes do gênero aventura.
Então vamos considerar, não é ruim. Assistível, com momentos de terror, suspense, humor - o longa
tem momentos para tudo e ainda faz uma salada de frutas, misturando seres do Egito antigo com Dr.
Jeckyll e Mr. Hyde.
Tudo começa no Egito, cinco mil anos atrás, quando a princesa Ahmanet (Sofia Boutella) almejava o
trono, mas com o nascimento do irmão, ela perde o direito e então planeja a morte dos pais e do
garoto e também invocar o deus Set, da morte, para governar o mundo. Só que acaba sendo
aprisionada e mumificada viva. O filme dá um pulo para o presente, onde seus restos são encontrados
no Iraque conflagrado pela guerra. Sua sepultura é descoberta pelo soldado e também ladrão de
antiguidades Nick Morton (Tom Cruise) e seu parceiro Chris Vail (Jake Johnson, do seriado "New
Girl", onde coincidentemente se chama Nick).
Ao lado da arqueóloga Jenny Halsey (Annabelle Wallis), eles investigam a descoberta, e acabam
despertando Ahmanet, que elege Nick como seu escolhido e, a partir de então, busca a adaga de Set
para que possa invocá-lo no corpo do saqueador. A trama então se muda para Londres, com Ahmanet
transformando homens em mortos-vivos para serví-la, enquanto tenta capturar Nick e se livrar de
Jenny, vista como adversária.
"A Múmia" acaba sendo divertido, com um terror necessariamente não amedronta, mas dá pequenos
sustos, e misturando personagens como o Dr. Henry Jekyll, e seu alter ego, Edward Hyde, vividos por
Russell Crowe. E tem ainda Tom Cruise fazendo o que sabe de melhor, que é correr e correr e saltar e
saltar. Leve o saco de pipocas e a Coca-Cola.