Pouco susto por nada

Pouco susto por nada

Gary Oldman é a estrela maior em "A Possessão de Mary", dirigido por Michael Goi, e sem grandes novidades ou sustos

Marcos Santuario

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Nem sempre a presença de um astro bem cotado garante a satisfação dos espectadores ao filme. Um exemplo que pode ocorrer em “A Possessão de Mary”, um terror que acontece em alto-mar, dirigido de forma tradicional, por Michael Goi, um diretor com mais experiência em televisão do que em cinema. Digo "dirigido de forma tradicional" sem ser um grande elogio. O que normalmente se espera em uma produção que deseja reunir suspense e terror é criativa forma de surpreender o espectador. A tentativa do roteiro aqui é assinada por Anthony Jaswinski, aliás, seu décimo roteiro, incluindo o também fraco "Águas Rasas", de 2016. 

Na pele de David, Oldman vive um homem desejoso em desbravar os oceanos ao lado de suas filhas e esposa Sarah, (a contida Emily Mortimer), compra um barco que, coincidentemente, ou não, tem o mesmo nome de sua filha mais nova. Na trama, ao adquirir o velho barco, David convence a esposa de que a embarcação poderia ser a solução de seus problemas, a família parte para uma esperançosa jornada marítima que rapidamente se torna aterrorizante. E é tão rápida a passagem da esperança para a tentativa de terror, que a surpresa fica ainda menor. No elenco estão ainda Manuel Garcia-Rulfo, Stefanie Scott, Chloe Perrin e Owen Teague.

Oldman, que já inspirou em Drácula e marcou como o inspetor Gordon, de Batman, vive agora um papel menor, numa trama fraca e que não deixa novidade no gênero. A trama se arrasta e não aprofunda, nem no drama e nem no terror. Mas, se você conseguir ficar até o final, pode ver aquilo que esperava. A vingança da entidade, e uma morte depois da outra. Nada mais.

 


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