Puro Cinema

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o-regressoLeonardo DiCaprio já mencionou que "O Regresso" é até agora, o filme mais difícil que ele já fez. Seu diretor, o oscarizado diretor Alejandro Iñarritu mencionou que foi o "mais sofrido". Duas análises extremamente fortes para caracterizar um filme que aponta ao Oscar 2016 como um dos fortes concorrentes, pelo menos a levar a estatueta de Melhor Ator. A explicação, além dos prêmios já recebidos pelo ator, é visível: DiCaprio se soltou em cena, longe de seu mentor Martin Scorsese. E fez isso para encarnar, com vigor,  o famoso explorador Hugh Glass, que é alvo de flechas indígenas, da cobiça dos companheiros e do ataque feroz de um enorme urso. Aliás, cena marcante do filme e que já rendeu muitos elogios e prêmios para a atuação do ator norte-americano de 41 anos.  O roteiro,  escrito por Mark L. Smith e pelo próprio diretor, é baseado no romance homônimo de Michael Punke, e se inspira na história real de Glass, que se utiliza do desejo de sobreviver e da dor de uma perda para superar o aparentemente insuperável. E é guiado por um instinto de vingança contra John Fitzgerald (Tom Hardy), que Glass estabelece o foco principal de "O Regresso": a vingança, intercalada com a luta constante pela sobrevivência.

Das cenas iniciais até pouco antes dos créditos finais, a câmera de  Iñarritu apresenta grandes planos, intercalados com expressões intensas de rostos que enchem a tela. A narrativa tende a levar o espectador a torcer pela superação das dificuldades no caminho de Glass, que acaba frente a frente com a morte iminente. Muita neve (tão intensa quanto a dos "Oito Odiados", de Tarantino dá o tom da natureza mais que selvagem. Não se poderia prever que depois do oscarizado "Birdman", o diretor mexicano Alejandro Iñarritu  chegasse tão rapidamente aos cinemas com outro filme de impacto, com a grandiosidade imponente em seus 156 minutos, as imagens cativantes de paisagens com fotografia primorosa e um enredo sedutor. Puro cinema, para ser visto na tela grande.

 

 

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