Silêncio cult

Silêncio cult

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Herói ou anti herói. O ator Ryan Gosling ganha a tela com sua performance silenciosa e intensa no filme "Drive". Com ares de cult movie e direção do dinamarquês Nicolas Winding Refn (de "O Guerreiro Silencioso" e "Medo X", a produção acerta no tom reflexivo e enigmático da vida dupla do  dublê de produções cinematográficas em Los Angeles durante o dia, que é motorista de fuga para assaltos à noite. O aparecimento de uma vizinha atraente e com vida complexa dá isntigante que a trama necessita para prender atenções e despertar suspeitas. A   garçonete vizinha é vivida por Carrey Mulligan, cujo marido, na cadeia, quando sai, se torna pivô de reviravolta dramática bem dosada e com toques de violência mais parecida aos filmes independentes e aos diretores mais ousados. O sangue não é o protagonista, mas sim as nunces dos encontros humanos e emocionais, no universo da corrupção, das bições e das buscas. No roteiro de Hossein Amini (o mesmo de "Conspiração Xangai") o forte não são os diálogos, mas as atitudes do protagonista, que são embaladas por uma trilha sonora contemporânea, de Cliff Martinez, que faz a trama deslizar pelas ruas e pelos ares da Califórnia. 

Por Marcos Santuario

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