Suspense com endereço

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rua-cloverfield-10-3Em Cloverfield, Monstro, um...monstro atacava Nova Iorque. Pois “Rua Cloverfield, 10” (10 Cloverfield Lane), direção de Dan Trachtenberg, não é exatamente uma continuação, mas apresenta ecos de seu irmão mais velho. Estamos diante de um filme claustrofóbico, que traz um bom suspense psicológico e tensão.


Tudo começa quando Michelle sofre um acidente de carro e acorda acorrentada num tipo de bunker. Logo ela descobre que foi colocada ali por um senhor ameaçador, Howard. E após ser questionado do porque a deixar presa ali e que se ele a libertar, ela não o denunciará, Howard informa para Michelle que ninguém vai procurá-la, pois o mundo que ela conhecia não existe mais. Houve um ataque químico ou nuclear e o ar está contaminado e ninguém sobreviveu.


Claro que Michelle não acredita nas palavras daquele homem, que parece ser um maluco. Até que ela conhece outro hóspede no bunker, Emmett. Os dois formam uma amizade e planejam escapar dali, mesmo que sejam controlados por Howard, que insiste que salvou a vida deles e que merecia mais consideração.


Os minutos finais são de perder o fôlego, e aí sim constatamos que existe muito de “Cloverfield, Monstro” neste filme, que não é de dar sustos, mas de prender o espectador na poltrona. Tensão, suspense e um quê de ficção científica.


Michelle é interpretada por Mary Elizabeth Winstead, de “Scott Pilgrim Contra o Mundo”. E a garota se sai bem na empreitada, mostrando vigor, incredulidade, perseverança. Mas o show mesmo é de John Goodman como o desvairado Howard, com um rosto ameaçador, fala descontrolada. Em nenhum momento, mesmo quando o clima seria de mais descontração, Goodman deixa transparecer serenidade em seu personagem. Certamente ninguém gostaria de ser seu hóspede.


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