Tão forte e sensível
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Para os americanos, passou a ser conhecido como o segundo dia da infâmia que viveram. O primeiro foi o ataque japonês a Pearl Harbour, em 7 de dezembro de 1941. Bem, depois destas reflexões, vamos ao cinema. Que ainda deve um filme, se não grandioso, pelo menos original sobre o 11 de setembro. Até então, os mais conhecidos são "As Torres Gêmeas", com Nicolas Cage, e "Voo United 93". Numa visão um pouco distante, tem "A 25ª Hora", de Spike Lee e com Edward Norton.
O sensível "Tão Forte e Tão Perto", de Stephen Daldry, mostra os reflexos do 11 de setembro no pequeno Oskar Schell (o ótimo Thomas Horn), que perdeu o pai numa das torres. Thomas Schell Jr. é interpretado por Tom Hanks. E nem deveria estar no local dos atentados no dia, mas foi lá por causa de uma reunião. Ao morrer, deixa a família desorientada. A esposa, vivida por Sandra Bullock, entra em depressão. E Oskar, que apesar de ter uma inteligência acima da média, é um daqueles garotos cheio de neuras, típico alvo de bullying na escola. Ele encontra nas coisas do pai uma chave, que o fará sair do esconderijo e partir para uma jornada particular por Nova Iorque. Afinal, qual o segredo que essa chave pode abrir?
Sempre a pé, pois tem medo de andar nos transportes públicos, o garoto percorre a cidade, encontrando os mais variados tipos. Pessoas felizes, pessoas tristes, furiosas, doces...
Sandra Bullock vive um papel totalmente diferente aqueles que nos acostumamos a ver, o da mocinha romântica ou da heroína. Aqui ela não etm vergonha de aparecer velha, descuidada. Outra presença marcante em "Tão Forte e Tão Perto" é o do veteraníssimo ator sueco Max Von Sydow, 83 anos, como o avô mudo de Oskar e que só comunica-se através de palavras escritas num bloquinho. E o diretor Stephen Daldry nem se importou em matar Tom Hanks.
Por Chico Izidro