Uma aventura família

O filme “Animais Fantásticos e Onde Habitam” , com direção de David Yates, é uma divertida aventura. Esta história marca a estreia da escritora J. K. Rowling como roteirista de cinema. Ela também é a autora do livro homônimo que inspirou o filme e que nasceu como um projeto derivado da série de livros e filmes "Harry Potter". A publicação é “assinada” pelo mágico Newt Scamander (mais um pseudônimo da escritora) e que se torna objeto de estudo na escola de Hogwarts.

O ator Eddie Redmayne   (vencedor do Oscar “A Teoria de Tudo”) interpreta Newt Scamander no cinema. Ele encarna o notável bruxo de origem britânica que se intitula magizoologista (mágico especialista em animais) e chega a Nova Iorque dos anos 1920 (cerca de 70 anos antes dos eventos narrados em “Harry Potter”). Ele é o que se poderia chamar de um cientista incompreendido. Este bruxo ruivo chega com sua preciosa maleta, um objeto mágico onde ele carrega os fantásticos animais do mundo da magia que coletou durante as suas viagens. A maleta "abriga" um ambiente onde Newt cuida destes animais, uma espécie de zoológico. Por um incidente que foge de seu controle, a mala é aberta e algumas das estranhas figuras que estavam lá dentro fogem, causando apreensão na comunidade bruxa norte-americana, que teme muito mais a exposição de seu mundo bizarro aos “trouxas” (humanos comuns) do que os ingleses. Desta forma, Newt precisará usar todas suas habilidades e conhecimentos para capturar a variedade de criaturas à solta.

Com o perdão do clichê, se pode afirmar que este é um filme para toda a família. Os simpáticos e travessos animais da maleta mágica devem agradar o público infanto-juvenil. A velha luta do bem contra o mal ganha pitadas de humor, com o personagem Percival Graves (Colin Farrell) se mostrando o mais dúbio em cena. Uma aparição-relâmpago de Johnny Depp deixa uma ponta solta para, quem sabe, um próximo filme.

A mensagem é politicamente correta por introduzir na narrativa a defesa dos animais e o respeito aos "diferentes". E o espectador se vê conduzido a sentir empatia pelos personagens excluídos e rejeitados, torcendo para encontrem seu lugar no "mundo". A reconstituição de época e os efeitos especiais também são dignos de admiração. Assista como uma boa sessão da tarde.

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