Uma História, Dois Tempos

Uma História, Dois Tempos

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O Holocausto foi o maior crime já perpetrado pela humanidade. O extermínio de um  povo feito de um modo sistematicamente planejado. Com direito a roubos de bens das  vítimas judias. E é isso que destaca "A Dama Dourada", direção de Simon Curtis.  Baseado em fatos reais, o filme mostra a batalha da judia Maria Altmann (Hellen  Mirren) e de seu advogado Randol Schoenberg (Ryan Reynolds) por um quadro feito  pelo pintor Gustav Klimt no começo do século passado. Nele, o artista austríaco  retratou a tia de Maria, Adele Bloch-Bauer.


Quando os nazistas invadiram a Áustria  em 1938, no que ficou conhecido como  Anchluss, a família de Maria foi depenada pelos alemães. Ela conseguiu fugir com o  marido para os Estados Unidos. Mais de meio século depois, Maria decidiu entrar com  uma ação contra o governo austríaco, que ficou com a posse do quadro e de outras  pinturas, que haviam sido confiscadas pelos nazistas.

"A Dama Dourada" é basicamente um drama jurídico, do que tanto gostam os  americanos. O interessante é ver a atuação de Hellen Mirren e de Ryan Reynolds, que  interpreta um advogado jovem e inexperiente. A dupla decide bater de frente com o  governo austríaco, irredutível em não querer devolver os quadros e de certa forma  negando o passado nazista.


No filme, a história é mostrada em dois tempos: no final dos anos 1990, quando houve  a batalha jurídica, e nos anos 1930, quando Maria e sua família viram a Áustria ser  invadida pela Alemanha nazista e o apoio dos austríacos aos invasores, numa  excelente reconstituição de época.

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