Viagem no Tempo

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A comédia romântica "O Homem do Futuro", com direção de Cláudio Torres, apresenta Wagner Moura como um cientista ranzinza que tem o apelido de Zero. O protagonista inventa uma extraordinária fonte de energia em seu laboratório em uma universidade. Mas seu equipamento acaba se tornando uma máquina do tempo, que o transporta para onde estava seu pensamento na hora da transmissão. No caso, Zero vai parar em uma noite de 1991 em que foi humilhado pelo grande amor de sua vida (Alinne Moraes) em uma festa.


Ao descobrir que voltou ao passado e que poderá se encontrar com ele mesmo antes que uma desgraça aconteça, Zero tenta convencer a sua versão jovem de que tem de alterar algumas coisas em seu destino para não perder a garota por quem era apaixonado. Neste momento, que se passa em uma festa à fantasia, Zero sobe ao palco e canta, ao lado de sua amada, a canção "Tempo Perdido", do grupo Legião Urbana, escolhida propositalmente para a trilha sonora e que tem tudo a ver com o que ocorre ao personagem. O episódio de Wagner Moura e Alinne Morais cantando é, aliás, uma das melhores sequências do filme. Moura mostra sua energia não apenas como artista, mas como cantor.

Em entrevista, o diretor Cláudio Torres disse que gosta de fazer comédias e incluir em seus trabalhos uma atmosfera de fantasia. É o que se pode perceber em filmes anteriores seus, como "A Mulher Invisível".

"O Homem do Futuro", que teve um orçamento médio para produções brasileiras (cerca de R$ 8 milhões), contou com criatividade para montar cenários e incluir efeitos especiais. É uma comédia ligeira que deixa a mensagem de que, às vezes, é melhor não se mudar nada do passado. Mas se a gente pudesse, mudaria alguma coisa aqui e outra ali. O filme parece, enfim, ser uma versão nacional de "De Volta para o Futuro", por tratar de viagens pelo tempo. E o talento de Wagner Moura segura a narrativa.

Por Adriana Androvandi.

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