Vida que passa

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juventude 2


Depois de conquistar a atenção do mundo ao receber o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2014, por "A Grande Beleza", o diretor Paolo Sorrentino chega agora com seu segundo longa em língua inglesa, "Juventude". A passagem do tempo continua no centro das elaborações cinematográficas do diretor. Para refletir sobre o tema, coloca em cena, agora, Fred e Mick, dois velhos amigos que estão chegando aos 80 anos de idade. Os dois estão curtindo férias em um hotel de luxo nos Alpes suíços. Um é compositor e maestro renomado aposentado, sem nenhum desejo de voltar a flertar sequer com a música. Este é Fred. Já Mick  é um cineasta tentando concluir o roteiro do seu próximo filme. O argumento aponta para a reflexão. E ela se dá na tela, com os dois personagens conscientes de que estão no fim de suas vidas. Ambos tratam de enfrentar o futuro com leveza e arte, deixando o tempo passar.


Para encarar tal desafio, dois grandes atores: Michael Caine (Fred) e Harvey Keitel (Mick), mostrando novamente suas capacidades em cena. O foco está nos diálogos, apesar do entorno fotográfico, de tirar o fôlego. Convites e negações, lembranças e superações. A vida ganha lembrança e força frente às reflexões de sua finitude.


Em meio à trama, outras personagens reforçam a trama. Jimmy (Paul Dano) é um ator que está se preparando para seu novo papel e odeia ser sempre lembrado por uma determinada personagem que fez em um filme de super-herói. O outro é um astro argentino de futebol, aposentado e decadente (total cara de Maradona). Tem ainda a personagem de Madalina Ghenea, uma tal miss universo, provocando imaginações em abundância. Para fechar o núcleo dramático está a filha de Fred, Leda (vivida por Rachel Weisz) e seu companheiro Julian (Ed Stoppard).

"Juventude" vem na linha reflexiva, mas repleto de vida e com um entorno além do comum.




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