Zoom no estilo
publicidade
Na trama, um diretor rodando um longa sobre uma escritora cuja protagonista de seu romance é a autora do quadrinho. Não entendeu bem? Leia de novo!... E é isso mesmo, criatividade e vigor estão presentes neste trabalho que surge com segmentos que respeitam a lógica dos quadrinhos, com velocidade e ritmo. São como três contos, um ligado ao outro. A mescla de personagens reais com animação também dá a tônica da produção. No meio do enredo, arte e sexo envolvendo a quadrinista Emma (vivida por Alison Pill), trabalhadora diária de fábrica de bonecas sexuais realistas; Michelle, a modelo vivida por Mariana Ximenes, desejando ser escritora, para superar sua própria beleza; e, na outra ponta, o cineasta Edward, um Gael García Bernal animado, como realizador de filmes de ação que usa o sexo como forma de manipulação enquanto tenta tornar seu fazer cinematográfico mais pessoal e sensível.
Há no enredo bons momentos. Aposta na diversão. Acerta na escolha, ainda que, em determinado ponto possa produzir alguma reflexão sobre arte, vida e comportamentos. A tecnologia toma conta do desenho no espetáculo cinematográfico. Traz um valor intrínseco, mas não brilha pela temática. Vale ser visto, sobretudo, como retrato do audiovisual em franca expansão, como linguagem e como estética.
[embedhttps://www.youtube.com/watch?v=U-LGKs6JmaE[/embed