Conar suspende processo contra comercial de lingerie

Conar suspende processo contra comercial de lingerie

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Vocês lembram da polêmica envolvendo a Hope, Gisele Bündchen e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República? Pois bem, o Conar decidiu recomendar o arquivamento do pedido de suspensão da campanha. A decisão foi feita pelo Conselho de Ética do órgão e cabe recurso. O relator do processo resumiu da seguinte forma todo o caso:



"Os estereótipos presentes na campanha são comuns à sociedade e facilmente identificados por ela, não desmerecendo a condição feminina".

Para a SPM, que afirmou que não vai recorrer da decisão, ao admitir a existência de estereótipos na peça publicitária, o voto do relator já representou um avanço no debate sobre a exposição da mulher como objeto de sedução. Ana Paula Schwelm Gonçalves, ouvidora da secretaria, afirmou:



As mudanças na propaganda de cerveja são um exemplo que merece ser festejado. O avanço é tamanho que atualmente existem 32 normas éticas, adotadas (pelo Conar) nos anos de 2000, 2004 e 2008, para demonstrar a responsabilidade ética da comunicação das cervejas

Relembre o caso:


A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República quer tirar do ar o comercial com Gisele Bündchen. Segundo uma nota liberada em seu site oficial, a Secretaria diz que desde que o comercial Hope Ensina foi ao ar, no dia 20 de setembro, a sua Ouvidoria recebeu uma série de reclamações de indignação com o conteúdo. No comercial Gisele passa por situações consideradas certas e erradas na hora de dar uma notícia ao marido. Na forma certa, a top aparece de lingerie.



Na ocasião da polêmica, nós fizemos uma enquete. A pergunta era: A Hope lançou uma campanha com Gisele Bündchen em situações consideradas certas e erradas na hora de dar uma notícia ao marido. Na forma certa, a top aparece de lingerie. O que você achou dos vídeos? Foram 430 votos. Destes, apenas 8% desconheciam a campanha. 37% afirmou que achou os vídeos inadequados porque reforçam um estereótipo da mulher como objeto sexual, e a maioria, 55%, achou as peças publicitárias engraçadas e que tudo não passou de uma brincadeira.


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