O presente de Meryl
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Não há papel no cinema que ela não seja capaz de interpretar e ser reverenciada por isto. Meryl Streep completa 67 anos nesta quarta-feira e é uma das atrizes de Hollywood mais importantes dos últimos tempos. Sabe o por quê? Em 39 anos de carreira, seus papéis já passaram da mocinha inofensiva, a mãe que abandona o filho, a editora severa de uma revista de moda, roqueira falida que toca toda sexta num bar, a jornalista femme fatale, a atriz decadente em busca da fórmula da juventude, a mulher que não sabe quem é o pai de sua filha, a lésbica de meia-idade e até uma bruxa que se esconde no meio da floresta.
Meryl já deu vida a muitas mulheres marcantes e o Correio Feminino selecionou quatro personagens para homenagear esta atriz que tem muito para nos ensinar em seus filmes ;)
Em Rick and the Flash, que esteve nos cinemas no ano passado, Meryl é Ricki, uma esposa que abandonou marido e filhos para ir atrás do seu sonho de se tornar uma grande cantora de rock. Porém, seus planos não foram tão bem sucedidos e sua família ainda guarda ressentimentos por esta decisão de anos atrás. Mas fica a pergunta: por quê é tão fácil e aceitável para um homem sair de casa para se dedicar a carreira, enquanto que para uma mãe deveria se dedicar apenas para a família? No filme, Ricki nos mostra que não se pode ter tudo, mas que nunca é tarde para encontrar um novo rumo para sua vida.
O Diabo Veste Prada seduz muito mais pela aparência do que pelo conteúdo. No filme, Meryl é Miranda Priestly, editora da revista de moda mais importante do universo. Ela exige a perfeição de todos, afinal de contas, ela também produz perfeição em seu trabalho. Porém, toda esta seriedade do seu trabalho, é retratado como a chefe "megera" por todos, pois quando ela pede um café, é uma ordem, e pra um homem, é apenas um pedido? No filme, Miranda nos dá o exemplo de que toda mulher pode ser tão competente no cargo de chefia quanto uma pessoa do gênero masculino.
Em As Sufragistas, Meryl é Emmeline Pankhurst, uma militante do feminismo na Inglaterra no início do século XX. Lá, ela aparece em poucos minutos, mas o suficiente para incitar o movimento nas demais mulheres que lutavam pelos seus direitos. No filme, Emmeline dá o ponto de partida para as jovens da época e que não deixa de ser uma motivação para luta constante (nosso) de todo dia.
Poderíamos passar dias dissertando sobre seu trabalho de Meryl no cinema e sobre como seus personagens poderiam influenciar as nossas vidas. Mas tudo que podemos dizer é: Obrigada por tudo, Meryl! ?