Pesquisa aponta que cabelo é forma de expressão para 90% da comunidade LGBTQIA+

Pesquisa aponta que cabelo é forma de expressão para 90% da comunidade LGBTQIA+

Estudo também revelou que Black Power é o estilo preferido entre os entrevistados 

Lou Cardoso

Entrevistados consideram que o cabelo é importante para se expressar

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Uma pesquisa encomendada pelo site Tudo pra Cabelo, hub da Unilever sobre cabelos, para a empresa Opinion Box, identificou que para comunidade LGBTQIA+ brasileira, o cabelo é uma forma de expressão. O estudo, realizado entre as datas de 28 de maio e 7 de junho deste ano, revelou que 90% dos entrevistados consideram que o cabelo é importante individualmente.

No entanto, para o dia a dia, muitas precisaram adotar um ar mais tradicional, por causa das pressões sociais para se adequar a certos padrões na sociedade. O estudo revelou que cinco em cada dez pessoas LGBTQIA+ já precisaram mudar o estilo de cabelo por questões profissionais. Por exemplo, 28% dos entrevistados disseram que estavam procurando emprego e sentiam que precisavam mudar o cabelo para serem aceitos nas empresas.

A pesquisa também detectou que o Black Power é o predileto da comunidade LGBTQIA+ brasileira. Em pergunta direta para 536 pessoas, o estilo apareceu em primeiro lugar, mencionado por 8% dos entrevistados.

Segundo o analista de Desenvolvimento de Produto e membro do Afrolever, William Alencar, o Black Power em si representa um símbolo de resistência para pessoas negras em todo espectro de gênero. "É um corte que pode ser visto desde atrizes e apresentadoras de TV, até jogadores de futebol. Por conta dessa neutralidade o corte acaba por ser uma escolha bem possível para pessoas não binárias”, afirmou.

Os entrevistados também relataram que quando em ambientes destinados à comunidade, eles se sentem mais livres em escolherem o cabelo que querem. Quando perguntados, na pesquuisa, se usam o cabelo de forma especial, quando vão à algum evento, como a Parada do Orgulho, 40% disseram que sim. O cabelo colorido foi o mais destacado, sendo mencionado por 18% dos entrevistados. 


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