Uso de peles atrai ativistas ao SPFW

Uso de peles atrai ativistas ao SPFW

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Glória Coelho, ontem, surpreendeu ao misturar pele de vaca - bem parecida com a dos tapetes de casas de fazenda - com tecidos fluídos. "Não vejo problema em usar couro de vaca ou de boi", diz Glória. "O boi e a vaca fazem parte da cadeia alimentar."


Reinaldo Lourenço não cogita o uso de materiais sintéticos. "Acho muito ingênua esta história. As pessoas comem o boi, então aproveita-se o couro. O material sintético não tem a mesma textura, nem o mesmo caimento" E a pele? "Foi a primeira indumentária do homem. Se não fosse a pele não teríamos sobrevivido."


Na passarela surgiram, sim, materiais alternativos. Foi o caso da Ellus, que apresentou jeans resinado, que dá aspecto de couro ao tecido. Mas a grife também colocou na mesma passarela um casaco com pele de chinchila.


"Eu, que sou contra o uso de peles, tentei inicialmente usar couro sintético. Mas fui pesquisar e cheguei à conclusão de que o couro sintético é feito de PVC, ou seja, plástico. Então, voltei ao couro natural", diz João Pimenta, estilista da marca que leva seu nome.


O Brasil exportou US$ 2,5 bilhões de couro e pele em 2011. Em quantidade, segundo o Centro das Indústrias de Couro do Brasil, 2% a menos que em 2010. O setor espera uma redução maior ainda este ano. Em 2011, Itália e China compraram 52% do total enviado para fora do Brasil. A saída parece ser o aumento do consumo interno.



Com informações da Agência Estado

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