Alexandre Pires: "O meu segredo é o trabalho"

Alexandre Pires: "O meu segredo é o trabalho"

publicidade

 Alexandre Pires apresenta as músicas que embalaram sua vida em Alexandre Pires apresenta as músicas que embalaram sua vida em "DNA Musical", nesta quinta. Foto: Fernando Young / Divulgação / CP


Alexandre Pires é daqueles artistas que tem na multiplicidade a sua principal característica. O músico natural de Uberlândia, de 41 anos, toca cavaquinho, violão, baixo, pandeiro e outros de percussão, é cantor, compositor e até dançarino. Com o Só Pra Contrariar, lançou sete discos e vendeu mais de 10 milhões de cópias. Depois, em carreira internacional, gravou cinco discos em espanhol, um com o SPC e quatro solo, além de 11 álbuns solo em português. O mais recente foi lançado em janeiro deste ano. Chama-se "DNA Musical" e contém 24 clássicos da MPB que embalaram sua juventude (muitos integravam o repertório da banda de bailes liderada por seus pais) e que influenciaram em sua escolha e trajetória profissional. O CD duplo foi transformado no show "DNA Musical" que chega a Porto Alegre nesta quinta, 20 de abril, às 21h, no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685). Realizado pela Opus Promoções e a Guetto Produções, o espetáculo está com ingressos à venda pelo site ou na bilheteria do Teatro do Bourbon do Country, entre outros locais. No palco, acompanhado por sua banda formada por Pedro Ferreira (maestro/ tecladista), Jorge Helder (baixo acústico), o gaúcho Kiko Freitas (bateria), Juninho Albuquerque (violões) e Ademir Jr (sax), Alexandre canta pérolas como "As rosas não falam" (Cartola), "Eu e Ela" (Roberto Carlos), "Estranha Loucura" (Alcione), "Travessia" (Milton Nascimento), "Por causa de Você" (Tom Jobim e Dolores Duran) e "Kid Cavaquinho" (João Bosco). Em outras faixas, ele faz duetos com grandes nomes da música por meio de recursos audiovisuais. Com Caetano Veloso (consultor artístico do projeto), Alexandre gravou "Você não entende nada" e "Meu Bem, Meu Mal"; com Seu Jorge (também consultor de "DNA Musical") participa em "Ive Brussel" (de Jorge Ben Jor); com Martinho da Vila em "Café com Leite", Djavan em "Pétala", Jorge Ben Jor em "O Telefone" e Gilberto Gil em "Deixar Você". O projeto tem conceito audiovisual de comunicação marcante, encabeçado por video-álbum (ou videolist) dirigido por Paula Lavigne em parceria com Batman Zavareze, especialista em projeções e mapping, responsável pela Cerimônia de Encerramento das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Para falar deste momento marcante dos seus 28 anos de carreira, Alexandre Pires concedeu esta entrevista ao blog Diálogos, do Correio do Povo, quando fala da concepção do show, da videolist, da sua multiplicidade e do momento da música brasileira.

Correio do Povo: Como é que foi concebido a ideia deste projeto "DNA Musical"?
Alexandre Pires: O "DNA Musical" surgiu há mais ou menos três anos. Eu sempre tive vontade de poder gravar as musicas que embalavam as festas e a nossa rotina quando éramos crianças.

CP: Qual a maior beleza e a maior dificuldade do show, pois há duetos por meio audiovisual?
Alexandre Pires: Nós gravamos os artistas em estúdio e reproduzimos todos eles em telões como se estivessem ao vivo comigo no palco. É bem bacana.

CP: E o repertório?
Alexandre Pires: O repertório, como eu disse, é composto por músicas que me marcaram muito na minha trajetória de vida e também a musical.

CP: Existe alguma música preferida?
Alexandre Pires: Não. Todas têm um significado muito importante para mim.

CP: Queria que você falasse sobre os músicos que o acompanham na turnê.
Alexandre Pires: Poxa, são músicos altamente qualificados, como sempre brinco o dream team da MPB, consegui reuni-los para embarcar nesse sonho do "DNA Musical".

CP: Qual o segredo para esta tua multiplicidade?
Alexandre Pires: Estamos sempre buscando melhorias e inovações acho que esse é o segredo: o trabalho.

CP: E sobre o público de Porto Alegre, qual a tua relação com os fãs gaúchos?
Alexandre Pires: É a melhor possível. Eu amo tocar para o povo gaúcho que sempre me acolheu desde o SPC até a carreira solo.

CP: O que você está achando do atual momento da música brasileira?
Alexandre Pires: Está um pouco complicada, vejo algumas coisas que não me agradam muito. Porém o Brasil é muito grande e temos essa diversidade mesmo.

CP: Fora do mundo musical, o que Alexandre Pires faz?
Alexandre Pires: Sou um rapaz caseiro, bem família. Gosto de churrasco em casa, com familiares e amigos mais próximos. Gosto muito de pescar também. Enfim, coisas mais pacatas.

 

Por Luiz Gonzaga Lopes

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895