Pablo Betancourt: "Nico está com muita raiva por não jogar"

Dada como a maior contratação do Inter nesta temporada, o atacante uruguaio Nico López, não vive um bom momento no Colorado. Esperança de gols e de alto rendimento, o atleta não está recebendo oportunidades no comando de Celso Roth como treinador do clube. O empresário do jogador, Pablo Betancourt, revelou que Nico disse estar com raiva por não receber oportunidades de jogar. Para ele, “o Inter precisa de um técnico que olhe para frente e não para trás”.

O Nico precisa se adaptar mais ao clube e ainda não está entrosado com o grupo?

O futebol é assim, chegou um novo treinador que não tem confiança no Nico, mas ele quer jogar. Ele se sente bem com a torcida, foi bem recebido e percebe que o torcedor está sempre com a equipe. O treinador é quem manda, ele (Roth) disse que vai dar oportunidades para o Nico. Eu fico um pouco preocupado por ele ser muito jovem e ainda não ter tanta experiência. Como qualquer jogador novo, o Nico precisa de confiança para seguir o seu trabalho. Sabemos que ele chegou em um momento difícil do Inter, no futebol e na política. Mas o atleta pensou em chegar para ficar, não vai ir embora.

Você acha que mudou muito a visão sobre ele com a mudança da diretoria e do treinador?

O Inter tem que ter um treinador que olhe para cima e não para baixo. O Nico é um jogador importante, vários clubes tentaram comprar ele. A decisão foi pelo Inter, e ele sabe que tem que esperar pelo bom momento. Ele me chamou umas duas vezes e demostrou estar muito nervoso e chateado. Quando escolhemos o Inter conversamos para ver qual seria a melhor posição para ele jogar. O clube ficou muito contente quando o contratou, sei que fizeram muito para adquiri-lo. Fiz uma operação muita complicada e deu certo.

O Nico está focado no Internacional e quer ajudar?

Ele me ligou no final de uma partida e disse que estava com muita raiva por não jogar. Se o Nico jogasse umas cinco ou seis partidas de titular e não correspondesse, eu entenderia. Mas não está recebendo as oportunidades que prometeram. Quando conversamos sobre a contratação, pedimos para que o Nico atuasse como atacante. O mais difícil seria a aprovação da torcida, e isso ele teve e por isso está feliz. Ele não é um jogador mercenário, foi difícil para ele sair do Nacional. O jogador chegou em Porto Alegre pensando em morar por um tempo aqui, chamou o pai, alugou uma casa grande e conversou com D"Alessandro. Ele espera pelo camisa 10 para jogarem juntos.

Por Gutiéri Sanchez, repórter da Rádio Guaíba