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Tudo bem investir em singelas lembranças dirigidas às pessoas que amamos, mas que amemos acima de tudo!

Alina Souza

Decoração natalina na Praça da Alfândega, Porto Alegre.

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Chegamos a mais um Natal e, um tanto estarrecidos, perguntamos: “Já?”. Hora de enfeites vermelhos e verdes, encontros de família e amigos, mensagens de carinho, felicitações. Isso é ótimo, desejar felicidade a todos ao nosso redor. Escrever cartões, expressar carinho. Arrumar a casa, decorar ambientes com capricho. Contudo, há também as propagandas convidando-nos a consumir. Tudo bem investir em singelas lembranças dirigidas às pessoas que amamos, mas que amemos acima de tudo! Coisas demasiadas não preenchem a alma. Se temos a impressão de termos chegado tão rápido até aqui é porque consumimos os dias, em alguma medida. Consumir tem a ver com subtrair e não estamos aqui para isso. Pelo contrário, queremos agregar. Que nestas celebrações possamos pensar a respeito, talvez mudarmos padrões de pensamentos. Não mais virarmos as páginas do calendário de modo indiferente, mas sim considerarmos cada história como substância que recheia a existência, de forma perene. O tempo não se foi, ele soma, resguarda passados, organiza sequências de hojes, empilha presentes: cabe a nós valorizá-los.


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