A previsão que eu quero errar

A previsão que eu quero errar

Minha previsão: Inter e Grêmio não ganharão o Brasileiro nos próximos 100 anos

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Vai muito tempo escrevi o que segue.
“Há previsões que você faz e torce para errar. Em 2003, quando da extinção do mata-mata e da aprovação da fórmula de pontos corridos, sentenciei que não veríamos Inter e Grêmio festejar um título do Campeonato Brasileiro pelos próximos 100 anos.
De lá para cá os paulistas ficaram com seis canecos, os cariocas com três e os mineiros com dois, contando com o desta temporada, pois a taça já do Cruzeiro.
Nestes 11 anos o Inter conquistou duas Libertadores, um Mundial/Fifa, duas Recopas, uma Sul-Americana e a Copa Suruga Bank (sim, é oficial).
Foi vice do Brasileiro três vezes, mas título necade pitibiriba. Foi garfado, rotulado de campeão de fato em 2005, mas caneco necade pitibiriba.
O Grêmio tem um vice, em 2008.
Dos quatro estados que detém o poder do futebol nacional só o Rio Grande do Sul não conquistou o Brasileiro por pontos corridos.
Deve haver uma explicação. Ou várias.
No mínimo, deveríamos estar empatados com Minas, que, como aqui, possui dois times grandes.
Em 2014 faltarão 88 anos para minha previsão se confirmar. }
Não se trata de profecia à Nostradamus, de esoterismo, mas de previsão com dados.
Se não ganhamos durante a implantação da espanholização do nosso futebol, não ganharemos quando da implantação total. Caminhamos rapidamente para isto.
Aristóteles já preconizava: a igualdade consiste em tratar os iguais igualmente e os desiguais na medida de sua desigualdade.
Até as tartarugas do Jardim Botânico sabem que Corinthians e Flamengo são os apadrinhados do governo federal e da TV.
Há 11 anos torço para estar errado. Há 11 anos estou certo.”
Não são mais 11. São 18. Quando da profecia, em 2003, não havia VAR. Que ferramenta! Via VAR, Cuesta levou injustamente vermelho diante do Vasco, obrigando Abel a escalar dois meninos na zaga diante do Flamengo. Via VAR, o lateral Rodinei foi expulso injustamente diante do Flamengo e via VAR o Inter teve um pênalti escandalosamente sonegado diante do Corinthians.
O Brasileiro de 2020 já terminou, mas minha indignação segue. Dias atrás, disse ao João Patrício Herrmann que não adiantaria berrar. Ele retrucou que o Inter havia feito queixa na CBF. Herrmann não entendeu minha colocação. Não adianta berrar porque o jogo não é jogado em campo
Quando a briga do Inter era com o Galo ou o São Paulo eu achava que dava para o RS levar o caneco. Quando ficou contra o Flamengo, joguei a toalha. Grêmio ou inter até podem ser campeões doo mundo Fifa. Mas do Brasileiro organizado pela CBF, agora reforçada pelo VAR, não.


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