Abelão, Vítor Pereira, Renato...

Abelão, Vítor Pereira, Renato...

Vai algum tempo, escrevi o seguinte: "Para mim, empatia é um grande acontecimento. Assim como afinidade. Não desmereça o poder destes sentimentos"

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Vai algum tempo, escrevi o seguinte: "Para mim, empatia é um grande acontecimento. Assim como afinidade. Não desmereça o poder destes sentimentos.
Vai muito, vendo um programa de TV, lá estava Júnior, ex-lateral e meio-campista, atuando como comentarista.

Súbito, desanda a falar de Andrade. Preciso explicar quem foi Andrade. Trata-se de um auxiliar que, efetivado como treinador, tirou o Flamengo da zona intermediária da tabela e o levou a um título improvável de campeão brasileiro em 2009.

Sem perplexidade, ouço Júnior discorrer sobre a importância da empatia, afinidade, amizade do grupo com Andrade. Quando isto acontece, mesmo os descontados fisicamente viram leões.

Abel é uma usina de empatia. Ramírez, um palito de fósforo, se muito. Isto ficou cristalino. O leitor que entenda como quiser."
Fiz a introdução para falar de Vítor Pereira. Chumbado à sucessivos insucessos, o treinador português está por dançar um lamentoso fado, ser chutado pelo Flamengo. Ora, como não ligar as pontas?

Vítor Pereira trabalhou no Corinthians em 2022. Agora, um dos seus comandados, Giuliano, disparou: "Ele começou a se posicionar de uma forma ruim para a imprensa quando a gente perdia. E o jogador fica desconfiado, irritado.” Não vai muito, Róger Guedes declarou que o grupo sentiu-se feliz com a saída de Vítor Pereira. 

Minha intuição diz que a direção do Flamengo enfiou o português goela abaixo dos jogadores e que estes não digeriram. É possível que, caso ele seja despachado de volta, até quem não vinha jogando bem redescobrirá a bola. O futebol é um mundo à parte.

Renato é uma usina de empatia. Isto ficou cristalino nesta arrancada de ano. Há treinadores que são um palito de fósforo, se muito A empatia de Renato veste azul, preto e branco e cabe no Grêmio. Aqui, ele é um líder nato. O líder nato tem vida longa. O horizonte de Renato não é o Rio, São Paulo ou Minas. É a Arena como foi um dia o Olímpico. Renato invadiu a história do Grêmio em 1983 e ali segue chumbado. No Grêmio, e só no Grêmio, ele é rei.


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