Balanços: Grêmio (superávi) e Inter (déficit)

Balanços: Grêmio (superávi) e Inter (déficit)

Lembrando que, pela primeira vez, a grana da TV entrará pingadinho para todos

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O  Grêmio deve divulgar em breve o balancete do primeiro trimestre de 2019. 
A receita até março bateu nos R$ 140 milhões, contra R$ 103 milhões de despesas.
Superávit, portanto, de R$ 37 milhões.
Superávit garantido pela venda de jogadores, que renderam R$ 61 milhões. 
Não fosse isto, o déficit ficaria nos R$ 24 milhões, ou R$ 8 milhões por mês.
O clube vendeu este ano o goleiro Marcelo Grohe para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o centroavante Jael para o FC Tokyo e o atacante Tetê foi para Shakhtar Donetsk (45% dos seus direitos econômicos). 
Mesmo assim o clube precisará de mais aportes financeiros para não terminar o ano deficitário. Precisará vender mais um jogador. 
Especula-se que Everton é a bola da vez. 
O atacante está cada vez mais valorizado. 
Sua convocação para a Seleção  que disputará a Copa América fará o preço disparar. 
Com a folha salarial dos jogadores batendo nos R$ 10 milhões mês, sem luvas da TV (em 2016 recebeu R$ 100 milhões) e sem verba de bilheteria, que fica com a Arena Porto-Alegrense, a negociação de jogadores segue como salvação da lavoura. 
A importância da grana da venda ou de empréstimos pode ser confirmada neste dado: em 2018 o clube faturou R$ 132,4 milhões com negociações para uma receita bruta total de R$ 402 milhões. 
Só a receita com a TV foi maior, R$ 136 milhões. 
Os sócios, terceiro maior faturamento da instituição, deixaram R$ 79,7 milhões.
O Inter apresentou déficit de R$ 27,1 milhões no primeiro trimestre. 
Os sócios deixaram R$ 18,7 milhões nos meses de janeiro, fevereiro e março. 
Entraram R$ 25,1 milhões da televisão e R$ 9,4 milhões de patrocínio. 
A bilheteria colaborou com R$ 1,9 milhão. 
Com negociação de jogadores o clube faturou pouco, apenas R$ 4,9 milhões. 
Não entraram no balanço as rendas dos jogos pela Libertadores diante do River Plate (R$ 2.228.646,00) e Palestino (1.836.545,00) realizados em abril no Beira-Rio. 
Nem os R$ 5 milhões que o clube da Turner como premiação do Campeonato Brasileiro. 
A direção colorada projeta que este déficit cairá entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões no próximo balancete.
Lembrando que, pela primeira vez, a grana da TV entrará pingadinho para todos. 
A Globo pagará 40% do montante do ano divididos igualitariamente (R$ 22 milhões por agremiação), com recebimento de 75% do valor entre janeiro e junho e 25% entre julho e dezembro, mensalmente. 
A parcela de audiência (30%) será paga entre maio e dezembro. 
Por fim, os 30% referentes ao desempenho do time serão pagos em dezembro. Isto dificulta e muito o fluxo de caixa.
Se, sempre no condicional, se o Inter conseguir uma boa arrecadação com a venda de um jogador (o lateral Iago, convocado para a Seleção olímpica, está na mira do futebol da Europa) terminará a temporada com as finanças equilibrados. 
Não é pouca coisa. 
Lembrando que está gestão pegou o clube na Segundona.


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