Carta a Coudet

Carta a Coudet

Não vais repetir a fase “o grupo é curto”? Aquela que marcou a gestão Medeiros!

Hiltor Mombach

Não vais repetir a fase “o grupo é curto”? Aquela que marcou a gestão Medeiros!

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Não vai muito passei uma semana em Buenos Aires. Fui levado pela informação de que os preços estavam acessíveis. Tudo dolarizado no teu querido país. Mas valeu, principalmente pela ida ao La Ventana. Show de tango nota 10.

Sobre tango. Se ainda não assistiu, recomendo o filme Perfume de Mulher. É dos antigos. Al Pacino faz o papel de um cego. Rendeu um Oscar. Dança o tango “Por Una Cabeza” com Gabrielle Anwar num dos momentos mais mágicos do cinema.

Sobre tango. Dias atrás tomei um susto. Eis que vejo Julio Iglesias cantando Volver em dupla com Carlos Gardel. Obra da Inteligência Artificial? Nada disto. Tratava-se de Rafael Rojas, o Gardel Chileno. Ouvir Rafael Rojas é voltar no tempo.

As recomendações eram para que eu não deixasse de visitar o Cemitério da Recoleta, onde está enterrado o corpo de Evita Perón. Fui. Havia lido um livro sobre o destino macabro do corpo.

Vamos ao futebol Coudet. Depois do fiasco que foi perder para o modestíssimo Guarany em Bagé o amigo cometeu a seguinte frase: “Eu tento dar oportunidade para todo o grupo, para ninguém dizer que não dei chances”. Os jogadores que estão sendo aproveitados são quase todos conhecidos e foram contratados. Estou falando de dar chance para os garotos da base.

Talvez possa ser feita uma inversão. Começar com o time titular e, quando a vitória estiver consolidada, aí sim promover testes.

Não vais repetir a fase “o grupo é curto”? Aquela que marcou a gestão Medeiros! Explico: a entrada de cinco titulares no segundo tempo em Bagé (Renê, Alan Patrick. Aránguiz, Wanderson e Valencia) mudou radicalmente a cara e a postura do time.

Os reservas estão abaixo dos titulares. Tem substituto para Alan Patrick? Aránguiz? Valencia? Wanderson? O Inter tem um time, não um grupo. Abraços. Para matar a saudade: “Mi Buenos Aires querido / Cuándo yo te vuelva a ver/ No habrá más penas ni olvido...”


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