Como a Barbie e a Copa do Mundo feminina estão irritando - e vencendo - o machismo

Como a Barbie e a Copa do Mundo feminina estão irritando - e vencendo - o machismo

Comentários misóginos sobre o filme e a competição têm sido frequentes nas redes sociais

Carlos Corrêa

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Carlos Corrêa / Interino

Por uma dessas coincidências do destino, a Copa do Mundo feminina começou no mesmo dia em que estreou nos cinemas do mundo todo o filme da Barbie. E, acredite, elas estão muito ligadas. Na madrugada dessa quinta-feira, o único canal que tem os direitos de transmissão de todos os jogos da competição no Brasil, a Cazé TV, teve que fechar a sua caixa de comentários (trata-se de um canal no YouTube), tamanha a onda de falas machistas e misóginas. O jogo era Nova Zelândia x Noruega, às 4h. Ou seja, teve gente que ficou acordada até 4h da manhã para dividir as suas inseguranças com o mundo inteiro na forma de um discurso equivocado. Pelo simples motivo que se trata de um campeonato de futebol jogado por mulheres.

E aí entra a Barbie. Surpreendendo um total de 0 pessoas, o filme - que é um sucesso de crítica e segundo projeções, deve ser um sucesso arrebatador de público - está sofrendo algumas críticas nas redes sociais pelo seu tom. Aqui uma rápida sinopse sem spoilers para contextualizar: o grande vilão do filme é o patriarcado. Isso sim, inclusive o termo "patriarcado" é uma das palavras mais ditas no filme. E o filme é ótimo.

Muito provavelmente, as pessoas misóginas e machistas que ficam acordadas até 4h para falar mal de uma competição esportiva com mulheres, são as mesmas que não aceitam que a Barbie fará sucesso lutando contra o patriarcado. E, vejam só, vestindo rosa. A má notícia para essa turma é que eles vão ficar no meio do caminho. Já a Copa e a Barbie serão um sucesso.


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