Coudet larga a retranca sem medo de ser feliz

Coudet larga a retranca sem medo de ser feliz

Mais: as frases de Romildo, Renato e Nelson Rodrigues

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Escrevi recentemente que a goleada do Inter diante da Universidad Católica na estreia da fase de grupos da Libertadores por 3 a 0 com um novo modelo de escalação provou que nada está provado. 
Acrescentei que em tese, que em futebol tudo é tese, apenas indicou que muitas vezes o melhor é fazer o óbvio. 
Lembrei que no primeiro mata da etapa classificatória, Coudet mandou para campo um meio com Musto, Lindoso, Edenílson e Patrick. 
Quatro volantes, para fazer Roth morrer de inveja. 
A justificativa foi de que dois dos quatro volantes poderiam exercer funções adiantadas. 
Leia-se ofensivas.
Observei parecer óbvio ser melhor escalar dois meias-atacantes, ou armadores, para realizar funções mais ofensivas, do que dois volantes. 
E que Musto e Lindoso juntos não era uma formação, mas antes uma deformação. 
Ocupavam o mesmo espaço empurrando Edenílson para uma função que não é a dele. Todo sistema ofensivo ficava comprometido, ilhando Guerrero.
Musto e Edenílson; Marcos Guilherme e Boschilia; Thiago Galhardo e Guerrero, a formação da goleada diante dos chilenos mostrou ser mais equilibrada. 
Provar, porém, não provou nada. 
No arremate, disse que tal escalação tão-somente indicou poder estar ali um caminho de um Inter mais livre, leve o solto. 
Minha convicção era de que o treinador colorado teria uma recaída quando enfrentasse um inimigo mais forte, que Coudet voltaria a ser retranCoudet. 
Errei.
Contra o campeão da Copa do Brasil de 2016, da Libertadores de 2017 e da Recopa de 2018, o Grêmio, Coudet abriu mão do volante Patrick para escalar Musto; Marcos Guilherme, Edenilson e Boschilia; Thiago Galhardo e Guerrero. 
Jogando na Arena, o Inter foi melhor nos dois tempos, principalmente no segundo, este de tirar o fôlego.
É cedo para se afirmar que o Inter encontrou uma equipe ideal, ou mesmo uma formação tática. 
Mas parece ser óbvio melhor escalar dois meias-atacantes, ou armadores, para realizar funções mais ofensivas, do que dois volantes. 
Era sobre isto que eu falava recentemente.
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Romildo Bolzan sobre a confusão do Gre-Nal “Eu não vou demonizar, mas vou dizer que não deve ser repetido. 
Não vou fazer um cavalo de batalha, dou o assunto por encerrado. Ficar intrigando, criando situações que possa levar a ressentimento para o próximo jogo é equivocado".
Corretíssimo o presidente do Grêmio.
Renato na coletiva: 
“Se os caras baterem, meu time vai olhar? Não tenho time de freiras”. 
O ditado diz que “há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. 
Renato perdeu grande oportunidade de não proferir tais palavras.
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Nelson Rodrigues dizia que “no Brasil, a glória está mais no insulto do que no elogio”. 
Muito se falou sobre os oito expulsos no GreNal. 
Nenhuma linha foi escrita sobre a maioria dos jogadores, os que tentaram apartar a briga, conter os ânimos.


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