Cruzeiro, na real

Cruzeiro, na real

Resumo da ópera: estará quebradinho por algum tempo

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Até 2016 cinco times não haviam sido rebaixados para a Série B: Inter, Cruzeiro, Santos, Flamengo e São Paulo.
Em 2016 caiu o Inter. 
Este ano  o Cruzeiro está por vários milagres e pode ser rebaixado já na quinta-feira. 
O Inter levou cota cheia da TV no último ano deste privilégio. 
Pagou seus pecados, mas sobreviveu financeiramente.
A regra mudou. 
Os rebaixados levam em 2020 uma cota fixa de R$ 6 milhões líquidos, mais R$ 2 milhões em logística. 
Mixaria. 
Se o Cruzeiro cometer os vários milagres e se safar, pegará R$ 11 milhões pelo 16º lugar, que se somarão aos  R$ 50 milhões do pay-per-view e R$ 22 milhões de cota fixa. 
Caso seja rebaixado, e esta é a tendência, terá que negociar valores com a Globo para transmissão por TV aberta. 
A tendência é que leve pouca coisa ou nada além dos R$ 8 milhões porque a televisão adotou um novo modelo de distribuição de verba na Série B e não quebrará regras para não ouvir reivindicações dos demais.
Não sustentará uma folha que passa fácil dos R$ 15 milhões/mês, terá que dispensar jogadores, alguns com salários milionários, vender ou emprestar outros (se tiverem mercado), pedalar indenizações  e montar um time baratinho. 
Resumo da ópera: estará quebradinho por algum tempo.
Do estudo do Itaú BBA: 
“A situação do Cruzeiro é complicadíssima, para ficarmos numa esfera onde ainda há esperança. 
O clube tem um descontrole absurdo, e leva ao pé da letra a máxima de que clube de futebol não quebra. 
As ações observadas em 2018 são uma coleção de atitudes que vão contra qualquer manual de boa gestão.”


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