De Felipão a Tiago Nunes, uma breve recapitulação

De Felipão a Tiago Nunes, uma breve recapitulação

Erra feio que tenta comparar Tiago a Renato. Mas isto parece ser inevitável. Não se apagará tão fácil da memória o time de 2017

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Vai tempo escrevi uma coluna que levou o título “de Felipão a Renato”. Transcrevo para depois fazer observações.
“Em 10/5/2015) o Grêmio estreava no Campeonato Brasileiro contra a Ponte Preta no empate em 3 a 3. O treinador era Felipão que mandou para campo o seguinte time: Marcelo Grohe; Rafael Galhardo (Matías Rodriguez), Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Lincoln (Everton) e Giuliano (Douglas); Luan e Yuri Mamute.
Felipão pediria demissão nove dias depois.
Em 26 de maio Roger assumiria o comando. Ficaria no cargo até a derrota para a Ponte Preta pelo Brasileiro deste ano (2016) por 3 a 0, em 14/09. O último time: Marcelo Grohe; Edílson, Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Jailson, Lincoln, Luan e Pedro Rocha; Bolaños.
Quatro dias depois da demissão de Roger, entrou Renato Portaluppi. O time campeão da Copa do Brasil: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro (Jailson), Douglas (Miller Bolaños) e Everton (Fred); Luan.
Marcelo Grohe, Geromel, Marcelo Oliveira, Walace, Maicon, Douglas, Everton e Luan estavam em campo há um ano e sete meses.
Futebol não funciona como receita de bolo, Mas em tese, que em futebol tudo é tese, quanto mais um time está entrosado, melhor. Quanto mais joga junto, melhor.
Este Grêmio campeão da Copa do Brasil foi montado por Felipão ainda na gestão Koff. Coube a Roger azeitar as peças. Renato chegou para motivar o grupo e para corrigir o principal defeito da equipe, que levava muitos gols pelo alto.
Lembrando que Roger já havia percebido isto ao escalar o volante Ramiro em alguns jogos como uma espécie de ponteiro-direito para segurar o avanço do lateral rival. Felipão, Roger e Renato têm, em comum, o fato de serem muito identificados com o Grêmio.”
Agora, algumas ponderações.
Tiago Nunes não tem identificação com o Grêmio. Felipão, Roger e Renato estavam em casa.
Renato foi brilhante ao dar continuidade ao trabalho de Roger que, por sua vez, não desmontou aquilo que havia feito Felipão.
O Grêmio teve sua melhor temporada em 2017 quando praticou o melhor futebol no Brasil. Na metade de 2018 a máquina começou a falhar.
Depois disto, em 2019 e 2020, restava a esperança de que Renato remontasse o time, fazendo com que jogasse como 2017. Não teve sucesso.
Com os insucessos, caiu. Veio Tiago Nunes.
Ora, Tiago Nunes pegou um Grêmio sem encaixe e em queda livre. Conseguirá arrumar a casa? Isso é um exercício de futurologia.
Erra feio que tenta comparar Tiago a Renato. Mas isto parece ser inevitável. Não se apagará tão fácil da memória o time de 2017. 


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