Difícil de esquecer

Difícil de esquecer

Carlos Corrêa

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Carlos Corrêa / Interino

Vai ser difícil para o torcedor colorado esquecer a noite deste 25 de fevereiro. A carga de dramaticidade do jogo de ontem remete a outro 0 a 0 muito dolorido, há quase exatos  32 anos. Na tarde de 19 de fevereiro de 1989, o Inter entrou em campo no Beira-Rio precisando vencer o Bahia para ser campeão brasileiro. Apesar de muita pressão naquela tarde quente, os colorados não vazaram a meta do goleiro baiano. Nas arquibancadas cheias, os torcedores viram a festa do Bahia. Ontem, as arquibancadas estavam vazias e a festa do Flamengo era comemorada a muitos quilômetros de distância. Em algum momento, o torcedor vai perceber que houve entrega até o último minuto, literalmente. Que acompanhou um time que começou pouco cotado para o título, ainda mais tendo a concorrência de um Flamengo com um orçamento infinitamente maior, e que por um mísero ponto não quebrou o jejum. Que talvez se o árbitro não tivesse inexplicavelmente voltado atrás em um pênalti marcado no primeiro tempo, poderia ser diferente. Mas não há “se”, nem na vida, nem no futebol. Uma hora o reconhecimento do torcedor virá. Mas no momento, resta apenas a dor. A mesma dor que outra geração conheceu bem de outro 0 a 0.


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