Direção do Grêmio faz reunião para tentar conter conflitos internos no clube

Direção do Grêmio faz reunião para tentar conter conflitos internos no clube

Distribuição de uma cartilha de instruções aos funcionários recentemente teria sido o motivo do descontentamento

Carlos Correa

Presidente Alberto Guerra lida com descontentamento interno de funcionários no clube

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Carlos Corrêa / Interino

Há situações em que os problemas nunca chegam sozinhos, parece que um puxa o outro. Na mesma semana em que perdeu o clássico Gre-Nal e logo em seguida, sem os titulares e sem o técnico Renato Portaluppi, perdeu também a final da Recopa Gaúcha, o Grêmio vive uma situação intranquila nos bastidores em relação à gestão dos funcionários. Como sempre, há versões e versões. Trazemos aqui duas delas.

Há quem assegure que foi distribuída recentemente no clube uma cartilha de instruções para os funcionários com uma série de limitações: não pode mais frequentar o mesmo ambiente dos jogadores sem necessidade e até para pedir um autógrafo agora é preciso autorização superior; o uso de uniformes está sendo cobrado de forma mais rigorosa ao que era antes; e é preciso fazer uma escolha: ou se almoça no refeitório, ou se recebe o vale-alimentação, os dois não dá mais. Nos corredores, a expressão “assédio moral” tem sido comentada com mais frequência e a esperança é de que – ingenuidade ou não – o presidente Alberto Guerra não estivesse ciente desses fatos e que agora tome algumas medidas. Uma reunião estava prevista para esta quinta-feira. Detalhe, não é segredo para ninguém que boa parte dos jogadores compra a versão dos funcionários, o que torna a coisa toda mais complexa. Essa é uma versão.

A outra é a de que a nova gestão executiva resolveu implementar medidas que, a grosso modo, implicam na redução de custos. Parte desse processo seria a redução das horas extras dos funcionários. Ou seja, o clube estaria fazendo de tudo para que os funcionários não fiquem um segundo além do estritamente necessário. Óbvio dizer que a redução de horas extras implica na redução dos vencimentos e isso estaria causando tanta reação. Entre alguns dirigentes, no entanto, a leitura é de que existe menos adesão às críticas do que chega à imprensa, e que isso seria obra de algumas lideranças entre os funcionários.

A ver o que nos guardam os próximos capítulos.


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