Este Inter promete

Depois de 16 meses de pardalices e fiascos, a direção do Inter mudou o rumo demitindo Medina. O treinador não resistiu ao empate por 1 a 1 com o Guaireña pela Sul-Americana. Havia desabado na semifinal do Gauchão para o Grêmio, que estava na Série B, e na primeira fase da Copa do Brasil para o Globo-RN, time eliminado ainda na primeira fase da Série D.

Em 19/04, quatro dias após a saída de Medina, que jamais deveria ser chegado, o clube anunciou Mano Menezes, que confessaria depois para Dorival Júnior ter assumido um time “esculhambado”.

Mano estreou na terceira rodada. O Inter havia perdido fora para o Galo e vencido em casa diante do Fortaleza. Na estreia, a equipe bateu o Fluminense no Rio por 1 a 0.
Devagarito, Mano começou a ajeitar as coisas. O Inter “esculhambado” virou um time de respeito. De candidato ao rebaixamento, encerrou o turno em sétimo, com 30 pontos. Foram sete vitórias, nove empates e três derrotas.

Com um time definido e encaixado, peças de reposição e confiante, o Inter abriu o returno atropelando o Atlético-MG e entrando no G-6 do Brasileirão. Marcou três gols nos 30 primeiros minutos para delírio de quase 40 mil torcedores.

E se Mano tivesse sido contratado antes?

Justifico a pergunta. Se no turno o Inter ganhou sete partidas, no returno são 12 vitórias e resta uma partida, diante do Palmeiras, domingo, no Beira-Rio. Ao final do 1 a 0 diante do São Paulo, terça-feira, aparecia como melhor equipe do returno, com 40 pontos, dez a mais do que no turno.

Se Mano tivesse sido contratado antes é possível que o Inter ainda estivesse disputando o título com o Palmeiras. 

De qualquer sorte, o Inter superou todas as expectativas, até mesmo as dos colorados mais otimistas, ao garantir uma vaga na fase de grupos da Libertadores. 
Para encerrar, transcrevo e-mail do leitor  Arbi Fischborn: “Há quanto tempo o torcedor não tinha de cabeça o time titular do Inter? Diante das atuais condições, 2023 promete.”